(5511) 99790-5711 fabio@passerini.com.br

Um Escape Game é uma forma de entretenimento que envolve criatividade, raciocínio rápido, trabalho em grupo, curiosidade, capacidade de lidar com o desconhecido e, principalmente, diversão com amigos e familiares.

A base desta diversão é resolver vários enigmas, de diversos tipos, formatos e padrões, com diferentes níveis de complexidade e envolvimento dos jogadores.
Por serem a base de um escape game, estes enigmas são fundamentais para uma boa experiência dos jogadores, o que torna importante que sejam oferecidos bons enigmas em todos os escape games.

A primeira forma de avaliar o Enigma de um escape game é pela sua Qualidade.

Por sua qualidade, ou qualidade intrínseca, entendemos que um enigma de um escape game deve ser interessante por si só. Mesmo em outro local ou ambiente, deve ser um enigma divertido, inteligente e desafiador.

Ele também deve ser feito de partes interessantes e criativas, requerendo raciocínio e inteligência na sua compreensão e posterior solução, exigindo trabalho em equipe e envolvimento do máximo possível de jogadores, na sua solução.

Um bom enigma também deve passar por quatro etapas para que todos os perfis de jogadores sintam-se envolvidos na sua compreensão e solução: são as etapas de Encontrar, Organizar e Decodificar e Utilizar.

Alguns jogadores são mais competentes em encontrar os elementos de um enigma, como fotos, marcações em livros, objetos diferentes, itens do cenário que compõem esse enigma, elementos coloridos como números e letras que se destaquem dos outros.

Geralmente crianças são parte deste grupo, pois são mais curiosas do que adultos e encontram elementos que se destaquem dos demais, vasculham os cantos do cenário e não tem receio de olharem todos os detalhes dos móveis e objetos.

Já alguns jogadores são mais capazes de organizar os elementos encontrados, para que deixem de ser uma massa caótica de informações, muitas vezes ainda confusas e sem sentido, e passem a fazer certo sentido.

Compreender elementos em imagens, fotos, quadros, capas de livro, objetos decorativos, bem como item sonoros, olfativos e táteis, é uma capacidade fundamental para a solução dos enigmas de um escape game.

Um bom enigma também deve exigir competências classificatórios e de organização na sua solução, sendo que um enigma que não exija esse tipo de capacidade não é um enigma de boa qualidade.

Somente após as etapas de encontrar e organizar que é possível se resolver efetivamente um bom enigma e, neste momento, os jogadores mais analíticos ou mais experientes tem um papel fundamental na sua solução.

Alguns enigmas não necessitam dessa terceira etapa de análise e resolução, não podendo ser considerados bons enigmas. Uma solução que exige que somente se encontre e organize seus elementos, com sua resposta vindo apenas desta busca e organização, vai deixar os jogadores mais analíticos de fora da experiência do escape game.

Outros enigmas não exigem que se encontre nada, entregando seus elementos e exigindo-se que apenas de organize e resolva para alcançar-se a solução final. Isso também pode frustrar parte dos jogadores.

E ainda alguns enigmas não exigem que se organize seus elementos, bastando que se encontre-os e se resolva, sem a etapa de entender sua lógica e como devem ser dispostos ou utilizados, também ficando um pouco incompletos.

Desta forma é fundamental que os enigmas tenham as três etapas para serem considerados bons por si só, permitindo que os jogadores encontrem os elementos, organizem esses elementos na forma correta e alcancem a sua solução nestas informações agora organizadas.

É importante que se entenda que as etapas de encontrar, organizar e decodificar e utilizar não significam que todos os enigmas devem ter estas etapas da mesma forma.

Encontrar pode ser desde uma etapa de buscar fisicamente esses elementos escondidos no cenário, por exemplo, uma foto embaixo de uma almofada, uma carta dentro do livro ou ainda uma carteira de documentos dentro do bolso de um paletó, como também pode ser perceber uma informação diferente em um porta-retratos, um padrão de cores em um tapete ou a posição de livros em uma estante que já está visível mas que ainda não foi visto como algo que possa fazer parte de um enigma de alguma forma.

Já organizar pode ser desde colocar os elementos encontrados tem algum padrão coerente tanto de cor como ordem alfabética, numérica, histórica ou outro padrão percebido, como também pode ser a disposição dos elementos pelo seu tamanho ou em suas posições corretas, de forma que façam sentido para sua resolução final.

Por sua vez, decodificar é a etapa de analisar os elementos encontrados e organizados de forma a se chegar a sua resposta e consequente evolução do jogo.

E finalmente utilizar aplicar essa solução em algum elemento ou artefato, que pode ser um teclado, um cadeado, um objeto magnético, uma sequência de cores, algo a ser dito ou ser escrito, enfim, chegar a resposta encontrada para evoluir no escape game.

Artigo escrito por Fabio Passerini, sócio-fundador e Diretor Criativo da Fugativa, a primeira empresa de escape room game do Brasil.