Os termos usados para se definir uma experiência imersiva com enigmas, cenários e artefatos normalmente é chamada de acordo com o que as empresas se auto denominaram no início do mercado. Por exemplo, na Europa é mais comum o uso do termo Escape Room. Nos Estados Unidos ambos os termos são utilizados, tanto Escape Game como Escape Room, com predominância do termo Escape Room.
Aqui no Brasil, as primeiras empresas que surgiram adotaram o termo Escape Game, sendo que aos poucos algumas novas empresas adotaram o termo Escape Room. Não chega a ser uma regra pétrea, porém temos atualmente ambos os termos coexistindo, com predominância do termo Escape Game em empresas situadas em cidades maiores e do termo Escape Room em empresas situadas em cidades menores.
Esta diferença acontece pois para certos públicos o termo Escape Game remete a videogames, o que confunde o mercado potencial.
Como pioneiro neste mercado, adotei o termo Jogo de Fuga no início de 2015, antevendo esta confusão e a dificuldade de se explicar o conceito, além do uso de estrangeirismos que iriam complicar ainda mais o posicionamento da atividade na mente das pessoas.
Mas o mercado se transformou em um emaranhado de termos, onde pessoas chamam o jogo inclusive de termos ainda mais únicos e personalizados, como Jogo de “esqueipe”, jogo de escape (como a peça automotiva”. Já ouvi inclusive os termos Escape de Fuga, Game Escape e Scape, sem o “E” inicial.
Enfim, se o seu jogo está bem montado e construído, com enigmas coerentes e desafiadores na medida certa, cenários imersivos e artefatos criativos e envolventes, pode chamar do que quiser. De um jeito ou de outro o público acaba te descobrindo e te enaltecendo.
O único crime e o verdadeiro desserviço neste mercado é oferecer uma experiência pobre para as pessoas.
Artigo escrito por Fabio Passerini, sócio-fundador e Diretor Criativo da Fugativa, a primeira empresa de escape room game do Brasil.